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Filosofia à Brasileira - Compra

Filosofia à Brasileira - Um Papo Descontraído

por Ivens Góes

Filosofia à Brasileira vem com a função de fornecer elementos para um debate amplo a respeito de questões variadas, das mais simples às mais profundas, das mais corriqueiras àquelas nunca antes debatidas ou pensadas, e tudo isso com um tempero bem brasileiro, uma linguagem acessível e uma abordagem agradável dos variados assuntos.
Um livro onde o leitor é tratado como um amigo do escritor e, o papo, como um papo descontraído de boteco.
Surpreendente na abordagem dos assuntos, o leitor se verá pensando a respeito de temas tão variados como: a importância de sua própria existência, o bem e o mal, destino, dinheiro, amor, a sociedade humana, viagens no tempo, inteligência artificial e outras teorias introduzidas pelo autor.
Um livro que mostra que a filosofia é algo bastante próximo de todos nós, faz parte de nossas vidas e é muito interessante de ser explorada.
Filosofia à Brasileira é, enfim, um livro para fazer pensar, afinal, do que mais se trata a filosofia?

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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Rosetta and Philae Landing on Comet 67P

Rosetta and Philae Landing on Comet 67P

Pouso de Philae no Cometa 67P


Como está na descrição deste Blog, o objetivo é trazer informações que nos levem a pensar e refletir a respeito da condição humana.

Com isto em mente, assisti na íntegra à primeira entrevista dos cientistas responsáveis pelo primeiro pouso de uma sonda terráquea em um cometa e trago até vocês um resumo deste grande feito da raça humana através da ciência.

Primeiramente, eu gostaria de salientar o orgulho e, ao mesmo tempo, o desprendimento de todos os cientistas, técnicos e pessoal de operações envolvido neste grande feito, além da união incondicional entre eles, independente de nacionalidades; com certeza, um grande exemplo para os demais membros da raça humana: a demonstração de que, através da união, podemos realizar muito mais.

Para aqueles que desejarem assistir a toda a entrevista (em inglês), coloquei abaixo o link direto para o vídeo:



Resumo Geral

 A Missão

A missão consistia em lançar uma sonda a partir da Terra, em direção ao Cometa 67P.

Em princípio, isto parece uma coisa simples, algo que, num filme de ficção científica, estamos acostumados a ver como uma coisa corriqueira e que ocorre sem maiores percalços.

Na realidade da ciência atual, trata-se de uma missão onde cálculos muito complexos de gravitação, navegação espacial, telemetria e controle à distância exigiram uma enorme equipe, composta de dezenas de cientistas graduados e experientes, bem como uma enormidade de técnicos.

A missão, desde o seu lançamento, até o efetivo pouso no cometa, levou 10 anos, pois a sonda não é lançada diretamente ao cometa, como um tiro certeiro. Primeiramente, ela tem de ser lançada da superfície da Terra, através de foguetes super potentes, numa janela de tempo preestabelecida (e muito bem calculada), de forma a escapar da órbita terrestre, ou seja, de forma a não ficar circulando em torno da Terra. Conseguido este feito, toda a trajetória é preconcebida para que a sonda viaje pelo sistema solar, circulando por várias órbitas e ganhando o impulso gravitacional suficiente para conseguir chegar próxima ao cometa. Ou seja, trata-se de um caminho muito indireto e que fez com que a sonda percorresse milhões de quilômetros até atingir seu objetivo final.

Descrição dos Equipamentos

A sonda é composta de duas partes principais:
  • Rosetta: a "nave" que levou a outra parte até o cometa e a qual possui um série de instrumentos de navegação, telemetria, etc., os quais permitiram uma aproximação de todo o conjunto do cometa.
  • Philae: a parte da sonda que efetivamente pousou no cometa e a qual contém vários mecanismos e instrumentos os quais possibilitam o pouso, fixação ao cometa, fotografia, perfuração, análise dos dados, transmissão destes para Rosetta e sua consequente retransmissão para a Terra para processamento e análise dos cientistas de todo o planeta; além de outros instrumentos.

A Aproximação

A aproximação em si, exigiu uma equipe de navegação de exímios "pilotos", pois foi necessário posicionar Rosetta de forma a acompanhar a trajetória do Cometa 67P e, além disso, posicionar-se apontando Philae para o ponto exato no qual os cientistas desejavam pousá-lo.

Lembrando que o cometa viaja a milhares de KM/h, além de girar devido a várias forças atuando sobre sua massa.

O Pouso

Uma vez estabelecida a posição ideal, Rosetta desprendeu Philae e este iniciou sua aproximação de 67P, o que levou 10 horas.

Philae teve um primeiro contato com a superfície do cometa, a poucos metros da posição inicialmente prevista pelos cientistas, mas foi ricocheteado (algo imprevisto pelos idealizadores da missão), ou seja, com o impacto com a superfície, foi mandado de volta ao espaço, num pulo de 1 Km de altitude e ainda rodopiando.

Através de habilidosas correções de navegação (inclusive considerando a atração gravitacional entre o cometa e Philae), os "pilotos" em Terra conseguiram um segundo pouso, que levou a um novo ricochete de poucos metros de altitude e então, num terceiro pouso, aí sim conseguiram ativar o mecanismo de pouso, só que, até onde se consegue medir, parece que um dos 3 braços está no ar (na verdade, no vácuo, pois não há ar no cometa), além de Philae ter ido parar numa espécie de encosta do cometa, do outro lado da "cratera" que seria a área de pouso ideal.

Os arpões de fixação do cometa, os quais deveriam ter sido disparados automaticamente ao primeiro sinal de contato com a superfície do cometa, também deixaram de atuar e o seu novo acionamento está em questionamento, pois a constituição do "solo" do cometa precisa ser analisada de forma geologicamente criteriosa, pois qualquer disparo de tal mecanismo gerará forças contrárias, afinal, estamos no espaço onde, quando você empurra um objeto, este objeto te empurra na direção contrária, o que poderia gerar mudanças indesejadas no posicionamento relativo entre a sonda e o cometa.

Com isso, os cientistas estudam uma possibilidade remota de reposicionamento de Philae na superfície de 67P. Por que "possibilidade remota"? Porque, com o primeiro ricochete de Philae, este foi parar numa região de pouca insolação, ou seja, ele está numa região de sombra do cometa, com isso, seus painéis solares recebem pouca luz do Sol, o que faz com que ele tenha pouca energia para ativar todos seus instrumentos, deixando-o dependente de suas 2 baterias.

Próximos Passos

Nas próximas horas, toda a equipe, cuja árdua jornada de trabalho já se estende por horas a fio sem descanso, analisará todos os dados disponíveis, para então decidir que ações tomar, de forma a tirar o maior proveito desta audaciosa missão e coletar o máximo de dados do primeiro cometa "tocado" pela raça humana.

Dúvidas

As primeiras dúvidas foram concernentes a possíveis danos sofridos por Philae, quando do impacto com o cometa 67P, o que foi descartado pelos cientistas, baseados nos dados transmitidos pela sonda.

Transmissão de Dados

Devido à rotação do Cometa 67P, Philae, de tempos em tempos, fica numa "zona de sombra" (de sinal de rádio) em relação a Rosetta, o que impossibilita a recepção contínua dos dados coletados por ele, os quais só são transmitidos a Rosetta quando ele volta a uma posição favorável a esta transmissão, assim sendo, os dados coletados não são perdidos, apenas acumulados por um tempo, o que gera janelas de transmissão de dados, o que exige dos cientistas muita paciência e contenção de ansiedade.

Energia

Outra questão levantada foi quanto à quantidade de energia disponível para o acionamento de todos os equipamentos presentes em Philae, principalmente quanto à perfuratriz, a qual coletará material da superfície do cometa, levando-o aos instrumentos de análise, permitindo aos cientistas, pela primeira vez na história da humanidade, obter dados diretos (e não mais, dados deduzidos de medições à distância) a respeito da real constituição deste cometa.

Composição do Cometa

Até agora, o que se sabe da constituição do cometa, através do impacto de Philae com ele, é que ele possui poeira, "neve" e partes mais rígidas, não necessariamente rochosas, e ainda não se sabe o quão rígidas são essas partes do solo.

Também já se sabe que partículas com alguns decímetros de tamanho orbitam o cometa.
A superfície (próxima à região onde Philae pousou) possui "rochas" de poucos centímetros até 5 metros de diâmetro.

Imagens

Algumas imagens já foram transmitidas e já chegaram ao centro de controle da missão na Terra, onde estão sendo processadas para que os cientistas possam decidir as melhores opções para o restante da missão.

Prognósticos

Na pior das hipóteses: 
  • não reposicionamento de Philae na superfície de 67P
  • e manutenção da sonda na região de baixa insolação;
mesmo assim os cientistas informaram que Philae, quando em estado de baixa potência, pode permanecer num estado de "hibernação", recarregando suas baterias, quando da iluminação de seus painéis solares, e permitindo uma operação da sonda por meses, embora fora do padrão ideal de operação e coleta de dados, previsto inicialmente para a missão.

Sucesso

Embora, quando severamente questionados pelos repórteres, o sucesso da missão tenha sido colocado em cheque, senti que seus principais cientistas se sentiram até mesmo ofendidos e a resposta foi à altura: - O simples fato de termos chegado até aqui já nos acrescentou muito conhecimento. E completaram: toda a equipe continua envidando esforços no sentido de angariar a maior quantidade possível de dados do Cometa 67P, otimizando os resultados desta complexa missão.

A mim, me pareceram otimistas quanto aos possíveis resultados e também muito capacitados a tomarem as decisões mais ponderadas, que levem à máxima aquisição de conhecimento a respeito do universo dos cometas.

Conjecturas

O que se pode esperar desta missão?
Bem, aqui entra o filósofo Ivens e não mais um cientista fazendo afirmações empíricas.

Através desta missão, teremos, num primeiro momento, dados reais da constituição material de um dos inúmeros cometas que vagam pelo espaço sideral.

Caso o cometa possua: 

  • água (o que já é tido como certo, mesmo que na forma de gelo), [CONFIRMADO!]
  • partículas orgânicas, [CONFIRMADO!]
  • elementos radioativos,
  • ou até mesmo elementos químicos ainda desconhecidos da humanidade;
tudo isso abre precedentes inimagináveis não só para a compreensão dos cometas, como para a própria origem da vida na Terra (e fora dela), bem como a respeito da formação de planetas, indo até as origens do próprio universo.

O que há de vir desta missão pode colocar em cheque até mesmo dogmas religiosos variados.

O que eu espero, as a dreamer (como sonhador), é que todo o conhecimento advindo desta missão possa mostrar a toda a humanidade toda a nossa insignificância e, ao mesmo tempo, toda a nossa importância no Universo e que sirva para nos unir a todos, assim como o exemplo dado pelos cientistas das mais variadas nacionalidades, envolvidos neste objetivo comum.

Ivens Góes - Filósofo Brasileiro

Para saber mais a respeito do Universo, das possibilidades de vida e ampliação dos seus horizontes de pensamento, sugiro a leitura de "Filosofia à Brasileira - Um Papo Descontraído", de autoria deste humilde blogueiro que vos escreve.

(ATENÇÃO: este post poderá ser reeditado a qualquer momento.)

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